Abaixo do rés-do-chão escrevo-te para me puxares outra vez. Estás me sempre a levantar. És tu quem vem sem aviso à procura de um risco para correr, tens que ter alguém para salvar, escolhe-me a mim.
Sou eu a cabeça onde podes entrar para te sentares a ouvir. Ouves tudo com calma e não dizes nada, não dizes nada sem primeiro perceber onde te vais meter. Não escolhes os pesadelos que vais escarafunchar, mas vais levantar-me outra vez. Estás sempre a levantar-me.
Tens uma forma estranha de perceber as coisas, de as dizer de enfiada sem deixar que o tiro passe ao lado. És certeira. Foste certeira no dia em que te mostraste, por fora uma pele branca, nunca branca demais, mas dum branco onde me aptece ficar e deixar-me estar sossegado, e por dentro, por dentro fica um lugar que não cabe neste espaço.
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